sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Saudade.



Desde o momento que me apercebi que tu irias sair da minha vida comecei a lembrar-me de tudo, consegui perceber que já tinha saudades e ainda estavas aqui bem ao meu lado, agarrei-te com quanta a força que tinha e tu retribuíste dizendo que nunca te irias esquecer de mim e muito menos de todas as vezes que estivemos lado a lado.

Já com a inevitável lágrima no canto do olho e os olhos a brilhar, olhas-te para mim e disseste que irias para longe mas que tinhas contigo todas as nossas recordações, que voltavas todas as vezes que fosse necessário e que me ias abraçar da mesma maneira e com a mesma força como no momento em que te despedis-te de mim, disseste mais uma vez que ninguém se iria meter no nosso meio, que nada te iria fazer esquecer a minha existência, que me irias ligar todas as noites, nem que seja só para dizer o quanto gostas de mim, que irias sempre olhar por mim e proteger-me, prometes-te ligar-me quando mais precisares de mim e eu prometi o mesmo, prometemos continuar a revelar mutuamente as nossas confidencias, sem nunca esconder uma palavra.
Nunca antes uma amizade tinha sido assim, transparente como água e verdadeira como o reflexo de um espelho.
No dia em que foste embora eu estava lá, ai consegui entender o porque de todo o dramatismo dos filmes e novelas quando alguém se vai embora, estive do teu lado até ao ultimo momento que partis-te, não houve lágrimas, pelo menos enquanto estavas comigo, li nos teus lábios "eu amo-te muito, sempre" e seguias em frente sempre a olhar para mim acenado até não me conseguires ver mais.
Eu nunca te disse "adeus", para nos era uma palavra proibida, dizemos antes "até sempre".
E foi assim o dia em que te deixei ir, mas sempre com a certeza que NUNCA me vais escapar por entre os dedos.

1 comentário:

Anónimo disse...

adorei martinha, está lindo *.*